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Athayde de Amar – Personalidade do Pornô

Athayde de Amar começou sua carreira no cinema nos anos 70 como boy de set, varrendo o chão e servindo cafezinho para a equipe. Depois de um tempo juntou um dinherinho, comprou uma Kombi e passou a transportar o equipamento de câmera. 


Desde o início sempre dava um jeito de ficar dentro do set de filmagem, observando o trabalho de importantes diretores da época como Carlos Manga e JB Tanko

Na década de 80, sem largar seu trabalho nas produtoras de cinema, entrou na sociedade de uma locadora de vídeo e presenciou o boom da indústria de entretenimento erótico impulsionado pelo surgimento do VHS. 

Naquela época praticamente só havia títulos estrangeiros, uma vez que era quase impossível conseguir atrizes brasileiras dispostas a fazer filmes de sexo explícito, foi aí que Athayde – que havia feito fotos de mulheres nuas para uma revista da extinta editora Vecchi, persuadiu suas modelos a participarem de suas primeiras produções: 

– Eu convenci as moças a filmarem, mas não teve jeito delas toparem cenas de penetração, então eu pirateava, editava o filme; era a cara do meu ator, da minha atriz, e eu cortava pro close da cena explícita dos filmes americanos.

Com o passar dos anos e o fim de qualquer pudor remanescente daquela romântica fase inicial, a produção de filmes eróticos no Brasil se profissionalizou com diretores, elenco e técnicos especializados no gênero. Athayde de Amar realizava dezenas de filmes por ano alcançando sucesso, principalmente, com sua série “As Panteras”. Nessa época estacionou a Kombi e passou a dedicar-se exclusivamente ao ofício de diretor.

Em 99 desfez a sociedade que tinha com o distribuidor de seus filmes e partiu para a produção própria. Foi então que sofreu um terrível revés: estava filmando “Carol, Amante do Sexo”, quando teve seu carro importado (e sem seguro) roubado juntamente com todo o dinheiro da produção destinado ao pagamento da equipe e elenco. “Eu quebrei e então voltei a fazer transporte. Agora eu carrego o diretor, as atrizes, busco em casa, levo pro set, levo pra casa”, relata o cineasta.

Nessa nova fase, Athayde voltou a frequentar o set de importantes diretores como Walter Salles e Walter Lima Jr. Seu nome (incrível, mas Athayde de Amar é nome de batismo e não pseudônimo) está nos créditos de filmes como Central do Brasil, A Ostra e o Vento, Cidade Baixa, Madame Satã, entre vários outros. Essa convivência proporcionou um interessante feedback entre realizadores de estilos bastante variados, como conta Athayde: 

– Eu tenho a felicidade de trabalhar com os melhores diretores do Brasil e eu sempre pergunto quando vejo um plano legal, bem filmado, e eles me aturam, explicam como é que é feito e tal e eu vou levar esse aprendizado pros meus filmes. Agora, muitas vezes quando tem cena erótica o diretor conversa comigo, a gente troca uma idéia, eu dou umas sugestões.

Athayde de Amar pretende voltar a filmar em 2007. Ele está em busca de um sócio. Quem se habilita?
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